Senado quer votar novo programa de repatriação em novembro
O Senado pretende votar na primeira
quinzena de novembro o projeto que reabre o programa de repatriação de
recursos. A afirmação é do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que listou
a proposição como um dos temas prioritários para auxiliar no financiamento do
piso da enfermagem no setor público.
O PL 798/2021 reabre
prazo para a adesão ao Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária
(RERCT). Ele foi retirado de pauta no último dia 6 de outubro, a pedido da
liderança do governo. O Planalto quer propor condições mais atrativas para a
adesão ao programa.
Na última terça-feira
(25/10), o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou em
plenário que a segunda edição do programa de repatriação, aberta em 2017, não
foi tão atrativa quanto a primeira, de 2016. Por isso, o senador quer propor
alterações ao parecer do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL).
“O que queremos aqui
é que os recursos que estão lá fora venham, que sejam pagos os impostos e que
esses impostos revertam para estados e municípios poderem honrar o compromisso
justo que nós aqui acordamos com a enfermagem do nosso país”, disse Portinho.
A primeira edição do
programa conseguiu regularizar R$ 170 bilhões em recursos no exterior. Já a
reabertura da repatriação em 2017, com condições menos favoráveis, regularizou
R$ 4,5 bilhões. Em 2016 a alíquota da multa administrativa foi de 100% sobre o
imposto devido, e, em 2017, de 135%.
O texto atual prevê
multa de 167% sobre o valor do imposto apurado, e o governo estuda uma forma de
reduzir esse percentual. Em todas as edições, assim como no projeto atual, a
alíquota do imposto sobre o valor regularizado é de 15%.
O projeto prevê a
reabertura por 120 dias do prazo de adesão ao programa e permite aos
contribuintes a repatriação de bens e direitos de origem lícita mantidos no
exterior de que sejam titulares em 31 de dezembro de 2020.
Fonte: JOTA