Copa do Mundo no Brasil será marcada pela sustentabilidade
Um conjunto de ações que promoverão a sustentabilidade na Copa do Mundo de 2014 foi anunciado, na terça-feira (27), pelo governo federal. Entre as medidas, estão a compensação total, antes mesmo do início dos jogos, das emissões diretas de gases de efeito estufa geradas pelo evento, a certificação ambiental dos estádios, a inclusão social dos catadores e o incentivo ao ecoturismo. O objetivo é alinhar a agenda ambiental ao torneio de futebol.As ações foram coordenadas pelos ministérios do Meio Ambiente, do Esporte, do Turismo, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Desenvolvimento Agrário, e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com os estados e cidades-sede. “As iniciativas vão gerar uma nova realidade do ponto de vista da inovação e reforçar a visão do Brasil como um país megadiverso”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.Governança - Os resultados reforçam a inclusão da agenda ambiental na pauta de desenvolvimento brasileiro. “A certificação das arenas representa um modelo de governança baseado na sustentabilidade”, exemplificou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. “É uma oportunidade de consolidar essa imagem. A Copa do Mundo tem essa responsabilidade de indução da produção e do consumo sustentável”, acrescentou o ministro do Turismo, Vinícius Lages.A agricultura familiar e a produção de alimentos orgânicos também estão alinhadas com a pauta da Copa do Mundo. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que o Mundial será uma maneira de valorizar a sociobiodiversidade. “Isso é uma riqueza do país, que vai juntar o lado social, o ambiental e o econômico. A Copa será uma grande vitrine para a comercialização desses produtos”, justificou.Compensação - No combate ao aquecimento global, o Brasil compensou quase o dobro das emissões diretas em um processo cuja excelência foi reconhecida pelas Nações Unidas. A compensação se refere aos gases de efeito estufa gerados por atividades programadas, como obras, deslocamento de veículos oficiais e uso energético. “Haverá um esforço para chegar ao fim do ano com o máximo de emissões compensadas”, garantiu a ministra Izabella.Os índices foram alcançados em decorrência da chamada pública para empresas interessadas na doação de créditos de carbono, lançada pelo MMA em abril último. Até agora, quatro companhias aderiram à chamada e contribuíram com Reduções Certificadas de Emissões (RCE) provenientes de projetos capazes de neutralizar gases de efeito estufa. A transação não envolve recursos financeiros e as entidades participantes serão certificadas com o selo Baixo Carbono.Câmaras - Ao todo, cinco eixos temáticos compõem as ações programadas para o campeonato na esfera ambiental. Os assuntos prioritários foram definidos no âmbito da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CTMAS), instalada em maio de 2010, com representantes do governo federal, dos estados e dos municípios e coordenada pelos Ministérios do Meio Ambiente e do Esporte. Com o intuito de auxiliar os trabalhos e a construção de estratégias para o evento, câmaras similares também foram criadas em todas as cidades que sediarão os jogos.
(Fonte: MMA)
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