Presidente sanciona projeto da desoneração da folha de pagamento e retoma gradualmente cobrança em 2025
Nesta segunda-feira (16) o presidente Lula
sancionou, com vetos, a proposta da desoneração da folha de pagamento que afeta 17
setores econômicos e municípios com até 156 mil habitantes. A decisão foi
tomada no último dia do prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e
foi divulgada ontem mesmo em edição extra do Diário Oficial.
De acordo com o texto, a
desoneração da folha de pagamento será válida até o final deste ano. A partir
de 2025, haverá uma reoneração gradual. Para os setores econômicos, a
contribuição previdenciária aumentará 5% ao ano até atingir 20% em 2028, quando
ocorrerá a reoneração total.
No caso dos municípios, a
alíquota previdenciária, que atualmente é de 8%, também aumentará gradualmente
até alcançar a taxa completa de 20% em 2027.
Desoneração causou impasse no governo
Na semana passada, o STF
concedeu mais tempo para que governo e Congresso chegassem a um acordo e
aprovassem medidas compensatórias para a perda de arrecadação causada pela
desoneração. Entre as medidas mencionadas estão a repatriação de ativos, a
renegociação de dívidas com agências reguladoras — similar ao programa
"Desenrola" — e o uso de recursos esquecidos em instituições
financeiras, estimados em R$ 8,5 bilhões, segundo o Banco Central.
Um dos vetos do presidente,
inclusive, foi relacionado a esses recursos esquecidos, pois o texto original
estipulava dois prazos para sua reclamação: 30 dias após a publicação da lei e
até 31 de dezembro de 2027. O prazo mais longo foi vetado por ser considerado
conflitante.
Logo após a sanção, o presidente
do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que a medida marca o fim de um longo
processo de discussão entre o governo e o Congresso. Segundo ele, o consenso
alcançado é uma solução equilibrada tanto para os setores envolvidos quanto
para os municípios, ajudando a ajustar as contas públicas.
Fonte: Portal Contábeis