STJ fixa que ISS compõe base de cálculo do IRPJ e da CSLL
Nesta quarta-feira (11), a 1ª
Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou que o Imposto Sobre Serviços
(ISS) deve compor a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) , quando apurados pela
sistemática do lucro presumido.
A decisão do STJ foi dada em
recursos repetitivos e deve ser seguida pelas instâncias inferiores do
Judiciário.
O ministro e relator do Tema
1024, Gurgel de Faria, lembra que o mesmo colegiado já havia decidido, em junho
de 2023, que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) compunha a base de cálculo dos mesmos
impostos, levando as turmas de direito público da Corte a aplicarem o mesmo
entendimento ao ISS.
A comissão gestora, quando o
tema foi afetado como repetitivo, apontou que existiam seis acórdãos e 219
decisões monocráticas sobre o tema.
Além disso, todos os recursos
especiais e agravos em segunda instância e no STJ estavam suspensos mas, agora,
poderão voltar a correr.
Na decisão de ontem (11) Faria
não chegou a ler seu voto, mas apenas enunciou a tese, que foi aprovada por
unanimidade pela 1ª Seção, uniformizando o entendimento sobre o tema.
Os ministros consideraram,
quando o STJ debateu a tese sobre o ICMS, no ano passado, o entendimento do
Supremo Tribunal Federal (STF) na “tese do século” sobre os conceitos de
faturamento e receita.
Assim, na decisão do STJ desta
quarta-feira (11), foi fixado que os valores referente ao ICMS não de
incorporam ao patrimônio do contribuinte e, por esse motivo, não podem compor a
base de cálculo do Programa de Integração Social (PIS) e
Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins)
Apesar dessa definição, segundo
a 1ª Seção do STJ, somente se aplicaria ao PIS e à Cofins, e não aos impostos
debatidos, principalmente quando o regime de tributação for facultativo, como é
o caso da sistemática do lucro presumido.
Fonte: Valor Econômico