PL do governo quer elevar alíquotas do CSLL e IRRF em 2025 para arcar com perdas com desoneração; confira aumento
O Projeto de Lei 3394/24, do Poder Executivo,
propõe aumentar as alíquotas da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) e do Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF) cobrado nos Juros sobre o Capital Próprio (JCP).
A pedido do governo, a proposta está em regime de urgência constitucional, o
que permite votá-la direto no Plenário da Câmara dos Deputados.
O projeto visa compensar a perda
de receita do governo com a desoneração da folha de pagamentos. A desoneração
está prevista em uma proposta do Senado, atualmente em análise na Câmara (PL
1847/24).
O Ministério da Fazenda projeta
arrecadar R$ 20,94 bilhões com o aumento dos tributos já em 2025.
De acordo com o PL 3394/24,
entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2025 a alíquota da CSLL será de:
22% para os bancos (a atual é de 20%);
16% para empresas de seguros privados, de
capitalização, corretoras e sociedades de crédito (atualmente em 15%); e
10% para as demais pessoas jurídicas
(hoje é de 9%).
Imposto sobre lucros
Em relação aos Juros sobre o
Capital Próprio, o projeto prevê o aumento da alíquota do IRRF dos atuais 15%
para 20%, sem previsão de redução posterior. Ou seja, trata-se de uma medida
definitiva.
Os JCP são um instrumento usado
por companhias para remunerar seus acionistas. Ele permite que a distribuição
de lucros seja enquadrada como despesa e, assim, abatida do Imposto de Renda
(IR) e da CSLL.
Cigarros e bebidas
O projeto do governo também
acaba com a possibilidade de empresas deduzirem do PIS e
da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) a taxa cobrada pela Receita
Federal sobre os selos de controle e os equipamentos contadores de produção. A
taxa está prevista na Lei 12.995/14.
A medida afeta os importadores e
fabricantes de cigarros e bebidas, que usam os selos federais no lacre. Segundo
o Executivo, o fim da dedução da taxa evita uma perda de receita anual de R$
1,8 bilhão.
Para virar lei, a proposta
precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Fonte: Agência Câmara